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quarta-feira, 2 de março de 2011

Chuvas no Cariri

A tão esperada invernada do Cariri parece ter chegado de vez a esta região. De Boa Vista a Monteiro, o clima é de chuva e a vegetação transformou-se em verde e fartura. A alegria, mais uma vez, toma conta do sertanejo. Mas, as águas abundantes também acabam por trazer alguns transtornos; cidades como Amparo, Camalaú e São José dos Cordeiros, sofrem com os rios que cortam suas estradas e acabam deixando a população isolada das demais cidades caririzeiras. As vias de acesso, todas de terra, transformam-se também num imenso trecho de lama que inviabilizam até mesmo a passagem de motocicletas.
Os órgãos estaduais responsáveis pelas estradas tentam contornar a situação, mas quanto aos rios, o jeito é esperar as águas baixarem.
Problemas à parte, chuva no sertão traz mais sorrisos que desgostos!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um jeito simples de administrar...

Passeando pela literatura contemporânea e até mesmo clássica, de epopéias emocionantes a romanticistas tarimbados; nos rasgos da essência humana associada ao lirismo poético, encontro os registros gloriosos... Simples motivos causadores do bem... Ou do “querer fazer o bem”.
Não é fácil praticar o bem! Ser o bom samaritano da vez requer artifícios deveras artificiais, por melhor dizer... Mais difícil que praticar o bem ao próximo, é saber reconhecer um benfeitor. Quantas vezes soubemos reconhecer àquele que pratica o bem? Em que cenário atua o pacificador? Quem é a pessoa que sempre nos estende a mão?
Estas são perguntas simples, que na simplicidade encontramos as suas respostas. Existe uma pequena soma de representantes desta seara do bem; talvez seja por isto que o nosso senso de correção esteja tão desregulado; ou talvez seja porque exigimos de alguns, mas do que podemos dar... Isto é comum! Ta lá na Bíblia, desde os primórdios do homem.
Ser escritor, às vezes tem suas vantagens, poucas vezes nos perdemos nas palavras, dedicamos um tempo a descrever emoções, situações e vivência, adquirimos a virtude de observar, aferir e ter cautela na hora de fazer conclusões.
Meu ceticismo me priva de tecer comentários descabidos (ou ridículos) na vida e também no mundo virtual. A política, ciência da dialética e das relações humanas, tem sido alvo constante desta “porno-escrita” difundida nos tantos periódicos da rede mundial. Há poucos dias, encontrei nos tablóides virtuais locais, resquícios de um mundo primitivo, onde a má fé e a irresponsabilidade ganham status de novelinha açucarada onde o erro e a sanha de poucos, tentam manchar a trajetória de brilho de alguns administradores. Estou ciente, como escritor observador e caririzeiro orgulhoso que sou, que “nem tudo que reluz é ouro”; bem sei disso; mas á Cesar o que é de César...
Assim, sinto orgulho quando trabalho, caminho e visito algumas cidades deste meu notável Cariri. O progresso chegou. Ainda que tenhamos que conviver com a vergonha das “frentes de emergência” que por anos, alimentaram a “industria das secas”. Nosso tempo é outro! É motivo de festa! Como por exemplo, a não mais pequenina “Capital do Amor”, Amparo, que hoje progride como a “Capital do Amor e da Fé”. É preciso ter amor pelas pessoas, é preciso ter fé nas pessoas... Reconheço naquele povo, um amor enraizado pelo lugar, vejo na pessoa do Dr. João Luis, gestor da cidade, a figura de um pacificador, de um administrador movido pela fé nas suas convicções e nos seus cidadãos. Fazer uma administração que agrade a uma imensa diversidade de opiniões não é fácil, ainda mais quando existe uma crítica desprovida de fundamentos. A defesa se faz, a partir da realidade, quando esta faz contraste com infundado.
As pessoas precisam ter mais fé nos líderes. Do alto do santuário do padroeiro São Sebastião, obra amparense que emociona pela religiosidade e a beleza, torço para que os meus amigos amparenses consigam vislumbrar um novo horizonte...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Praça dos meus olhos...

Fico feliz que a Praça Cícero Nunes esteja sendo muito bem cuidada. Que os pais entenderam que as plantas precisam de cuidados e que as crianças que lá brincam, estejam recebendo orientação e vigilância dos própios responsáveis para não brincarem na grama. Mas o belo trabalho está mesmo nas mãos do conhecidíssimo Manoel Gonçalves, o nosso querido "Mané"; que vem cuidando com muito zelo do gramado e das plantas que ornamentam a nossa pracinha. Um excelente trabalho que só pode ser feito por quem conhece bem o ofício e o executa com muito carinho e dedicação. Parabéns Mané!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Olhos de Águia

Desde que o grupo de segurança particular "Águias da Noite" ganhou as ruas e a noite pratense, um ar de traquilidade e a sensação de segurança voltou a reinar na nossa comunidade. Os vigilantes noturnos financiados pelo comércio local estão ocupando um importante posto perante a nossa sociedade: os guardiões que cuidam das nossas casas e nosso patrimônio. Espero que a eficiência e o zelo continue forte e bem visível. Na madrugada, ouvir o sonoro "apito" já faz parte de uma boa noite...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

SOARES DE RONIERE

Há algumas décadas, os cordeleiros mais inspirados cantarolavam improvisadamente os versos dos folhetos nas feiras livres do Nordeste, de acordo com os seus espíritos inventivos, na tentativa de chamar a atenção dos possíveis compradores, transeuntes, curiosos e demais feirantes. Esse ato criativo de “vender o peixe”, por parte dos vendedores de cordéis, tornou mais explícito o fato de que a música se estabelecia, neste caso, como um elemento acessório desregrado que ampliava o teor artístico do folheto de cordel, até então visto pela maioria das pessoas como puramente literário. Assim, tinha-se, a priori, o texto poético fixo criado pelo autor, a posteriori, a melodia mutante concebida de quando em quando por um co-autor ignoto e, em conseqüência dessa junção acidental, um valor estético múltiplo e interdisciplinar nem sempre percebido. Essa seqüência permaneceu tímida, mas latente por várias gerações até que em 2001 o escritor/músico Roniere Leite Soares resolveu inverter esta ordem, determinando uma prévia melodia fixa, impressa no cordel, de forma que o poema fosse posteriormente criado em função da música registrada em partitura. Desde essa experiência, a melodia imutável pode ser cantada de maneira exclusiva, incorporando a esta todo o conteúdo poemático criado pelo artista popular. Essa mudança de rotina na criação foi experimentada pelo estro do autor há 10 anos no cordel A História de Lampião. Todavia, “não descarto a possibilidade da existência de experiências anteriores com esta peculiaridade e com este objetivo, haja vista que a música é um elemento indecomponível da poesia”, frisa Soares.
No que concerne ao corpo do trabalho “A Rinha Poemática dos Repentistas Noberto Montêro e Ontõi Soares nos Cafundós Celestes de Santa Rosa de Bôa Vista-PB, sexta obra do cordelista, lançada recentemente, a estrutura composicional de cada uma das 32 décimas (estrofes de dez versos) se divide em três partes: os primeiros quatro versos, cantado pelo repentista Noberto Monteiro; o quarteto subseqüente, cantado pelo poeta Antônio Soares; e o dueto final, cantado inicialmente por Noberto Monteiro e depois repetido por ambos, em canto uníssono. A partitura, registrada manualmente na contracapa do trabalho, denominada de tema cordelístico, tem o trecho “A” que se resume as duas primeiras partes de cada décima enquanto que o trecho “B” se constitui como sendo os dois últimos versos da estrofe, ou seja, a terceira parte.
Afirma Roniere Soares que sua maior satisfação é fazer a homenagem póstuma aos dois maiores cantadores de sua terra, pois “eles foram artistas esquecidos pela mídia e sem reconhecimento diante do público com o qual a dupla conviveu timidamente”. Antônio Soares foi patriarca de uma família onde quatro improvisadores se irmanavam em prol da poesia de repente até o início década de 1970. Juntamente com ele, os filhos Enésio Soares, Manoel Soares e a filha Otília Soares eram companheiros da cantoria de viola, debaixo dos juazeiros do Sítio Riachão, zona rural do atual Município paraibano de Boa Vista. Ao lado, vizinho geograficamente, o Sítio Santa Rosa, da mesma cidade caririzeira, guardou até a década de 2000, outro grande talento que foi o Noberto Monteiro, cantador de viola bastante conhecido através das principais rádios AM de Campina Grande, a citar: Rádio Borborema, Cariri e Caturité, entre outras.
No plano lingüístico, o tópico sobre o qual se confere o(s) comentário(s) pode modular entre as três partes, pois ocorre às vezes como único ou como sendo duplo ou triplo. Pode-se ter no bloco de cada décima, por exemplo, um tópico para o primeiro quarteto (1ª parte), outro diferente para o segundo quarteto (2ª parte) e mais um distinto para os dois derradeiros versos (3ª parte), assim como também podemos encontrar um tópico que pode ser abordado em duas ou três partes. Para melhor entendimento, aconselhamos a observação da 1ª décima (três tópicos), da 3ª décima (um tópico) e da 16ª décima (dois tópicos).
Roniere L. Soares pretende ainda no ano corrente, fazer um tributo ao poeta que é considerado pela crítica local como o mais erudito de sua terra natal, que é o poeta de bancada Edvaldo Perico, seu parente muito próximo, falecido no primeiro semestre do ano 2010 e sepultado em Boa Vista-PB. Diz o cordelista que a oportunidade de lançar um trabalho que sugere retomada histórico-biográfica se justifica pelo fato do poeta poder renascer do esquecimento, “envivecer para a juventude futura, a qual não pôde com Edvaldo conviver”.
Sugerimos assim essa leitura tipicamente regional que se constitui com sendo uma mina na atual arte midiática, cujo caminho do tesouro é a banca de no 41 ou barraca do Lourival, no Calçadão da Cardoso Vieira, em Campina Grande-PB (R$ 1,00 cada).

Contatos: (083) 3333-9524 ou (083) 9362-8447 (ronieter@gmail.com)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Escola Francisco de Assis Gonzaga, na Prata, está entre as 20 melhores em aprovação no ENEM.

Um cenário diferente do que estamos acostumados a ver. Uma realidade na qual vivemos lutando pra mudar, mas que, quase nunca muda. Estes são exemplos de situações sociais comuns no cotidiano brasileiro, mas, felizmente, algumas situações fogem à regra, é o exemplo da cidade da Prata.
Conhecida pelos ilustres mestres da poesia; o que se espera de um lugar afamado pela retórica poética é justamente o que se tem alcançado: educação. O município reinaugurou recentemente o prédio da escola municipal, possibilitando mais conforto para os estudantes e abrindo as portas para novas perspectivas de “educação contextualizada”, e na esfera estadual, a escola Francisco de Assis Gonzaga é mais uma vez referência quando o assunto é educação de qualidade e aprovação.
Faz pouco tempo que a escola estadual da Prata foi destaque neste portal quando, na ocasião, alcançou um dos melhores índices do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) no Estado, agora, a escola volta a ser destaque no cenário estadual por mais uma vitória na educação; o segundo lugar em aprovação no ENEM na região do Cariri Ocidental.
O que pode parecer pouco para alguns leitores desatentos, ou mesmo comum, algo do tipo “nada mais que a obrigação”, por outros, acaba por ratificar o embaraço que vem se tornando a visão coletiva do que é ensinar, aprender e toda problemática e fatores presentes na caminhada de um estudante até a vitória.
A verdade é que alcançar índices privilegiados como fez a Escola Francisco de Assis Gonzaga, na Prata, tão privilegiados e notórios ao ponto de ser mencionado como uma das “vinte maiores aprovações no ENEM” por região, no G1 (portal de notícias da Globo) é realidade que deve ser motivo de orgulho por estudantes, pais e principalmente professores, estes os principais responsáveis pelo processo vitorioso na vida estudantil de uma pessoa.
O sucesso o qual a escola estadual da Prata comemora é resultado de um trabalho pedagógico consciente e minuciosamente trabalhado e executado por docentes e coordenadores. Profissionais seguramente mal remunerados, execrados e esquecidos; um cenário comum, uma realidade bem conhecida neste país, não fosse o sucesso desta escola com sua fórmula de vitória que prova que juntos... Podemos vencer!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

...

“(...) Vi todas as coisas e
maravilhei-me de tudo,

Mas tudo ou sobrou ou foi
pouco, não sei qual, e eu sofri.

Eu vivi todas as emoções, todos os
pensamentos, todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido
vivê-los e não conseguisse (...)”

Álvaro de Campos